STAR WARS: EPISÓDIO 7 - O DESPERTAR DA FORÇA - ANÁLISE - MUITA NOSTALGIA EM UMA AVENTURA ÉPICA!




 Por: Rudnei Ferreira


A saga Star Wars dispensa apresentações. Iniciada em 1977 com ''Uma nova esperança'', a saga criada por George Lucas se tornou um fenômeno mundial e é cultuada por fãs e admiradores até os dias de hoje. Seguido por ''O império contra-ataca e ''O retorno de Jedi'', Lucas colocou Star Wars para sempre na história do cinema. 16 anos depois da conclusão da trilogia clássica, George Lucas deu início à uma nova trilogia, dessa vez focada principalmente nas origens de Anakin Skywalker e como o jovem Jedi veio a ser tornar o poderoso Darth Vader, um dos maiores vilões da história do cinema. 

A segunda trilogia trazendo os filmes ''A ameaça fantasma'', ''Ataque dos clones'' e ''A vingança dos Sith'' repetiu o sucesso de bilheterias dos filmes clássicos. Porém, os três filmes, na época de seus lançamentos, dividiram as opiniões dos fãs, algo que ainda se mantém até hoje, embora muitos venham mudando suas opiniões em relação aos filmes com o passar do tempo. Com a compra da Lucasfilm pela Walt Disney em 2012, uma terceira trilogia, dando sequência à história de Star Wars foi anunciada, 10 anos depois do útimo filme ''A vingança dos Sith''. Dessa vez, sob o comando da casa do Mickey, ''Star Wars: episodio 7 - O despertar da força'' chegou aos cinemas em 2015, continuando à história desses clássicos personagens ao mesmo tempo que apresentava novos.

 






O filme se passa alguns anos depois dos épicos acontecimentos vistos em ''O retorno de Jedi''. O império caiu, mas agora, surge uma nova ameaça para causar o terror pela galáxia. Trata-se da Primeira Ordem, um novo governo totalitário, que surgiu das cinzas do Império e que planeja dominar os sistemas estelares. Esse novo regime é liderado pelo Supremo Líder Snoke (Andy Serkis) e seu aprendiz Kylo Ren (Adam Driver). Enquanto isso, em outro canto da galáxia, Rey (Daisy Ridley) uma simples catadora de sucata se une ao ex-Stormtrooper desertor Finn (John Boyega) e o piloto da resistência Poe Dameron (Oscar Isaac) em uma grandiosa missão para encontrar o mestre Jedi Luke Skywalker (Mark Hamill) para assim lutar contra o mal que se espalha na galáxia. Nessa jornada, irão encontrar grandes heróis do passado como Han Solo (Harrison Ford) e a princesa, agora general, Leia Organa (Carrie Fisher). 









''O despertar da força'' é o episódio de ''Star Wars'' onde a antiga e a nova geração se encontram em uma aventura de proporções épicas, em uma super produção onde a nostalgia fala alto. O roteiro do longa é cheio de referências e homenagens ao universo criado por George Lucas, em especial, a clássica trilogia, algo que agrada os fãs de longa data, ao mesmo tempo que desperta a atenção da nova geração para toda a magia que esse universo proporciona. As referências são tantas que o roteiro tem como principal inspiração o episódio 4. Não é difícil achar semelhanças com a história apresentada em ''Uma nova esperança'' com os acontecimentos vistos aqui. Embora novos personagens sejam apresentados, o fio condutor entre ambas as histórias são muito semelhantes.

Mesmo que não traga algo exatamente inovador em sua história, ''O despertar da força'' agrada e diverte por saber trabalhar o passado e o presente em um mesmo universo, sendo um entretenimento que procura preservar e respeitar o legado dessa franquia histórica. E o melhor de tudo, é que essa tarefa é muito bem sucedida,  graças ao trabalho dedicado do diretor J.J Abrams. Mas o roteiro, de certa maneira, procura ousar, entregando momentos inesperados, dando um desfecho trágico para um personagem muito querido e importante dentro da saga, algo que com certeza pegou ou vai pegar muitos de surpresa. 







''O despertar da força'' também mantém as qualidades técnicas que são marcas registrada de toda a franquia. Os efeitos visuais são espetaculares e deslumbrantes aos olhos. Depois de uma boa parte dos fãs criticarem o excesso de efeitos digitais nos episódios 1,2 e 3, a Lucasfilm parece ter entendido e, para se aproximar ainda mais do que foi feito na trilogia clássica, optou por vários efeitos práticos que se casam com os efeitos digitais, criando algo visualmente impressionante e trazendo mais peso principalmente nas empolgantes sequências de ação. O uso de cenários e locações reais trazem um diferencial grande e, sejamos honestos, farão com que o filme futuramente envelheça melhor, como foi o caso da trilogia clássica. A cinematografia faz algo lindíssimo de se ver, com uma mistura brilhante de elementos nostálgicos e novas ideias trabalhadas pelo roteiro. A edição de som é bombástica e a trilha sonora inesquecível de John Williams novamente se faz presente e marcante nos momentos certos. Tudo é muito bem dirigido e com uma riqueza de detalhes de encher os olhos. É Star Wars de qualidade, preservando aqui que a saga tem de melhor. 





O ótimo elenco torna o filme ainda melhor. Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac formam o trio da vez. E são personagens muito bons. Daisy apresenta uma ótima protagonista feminina, envolvida em mistérios sobre suas origens. Aqui, a personagem é cheia de camadas, entregando algo promissor para os filmes seguintes. Juntando a isso, temos o carisma e beleza da atriz, que segura muito bem todos os momentos que aparece em cena. John Boyega e Oscar Isaac são bons coadjuvantes. Boyega funciona como uma espécie de alívio cômico. Já Isaac, mesmo com pouco tempo em tela, deixa sua marca. É um trio tão bom e carismático quanto aquele formado por Harrison Ford, Carrie Fisher e Mark Hamill na trilogia clássica. 

Falando no trio de veteranos, é gratificante ver Han Solo, Leia e Luke mais uma vez juntos. Desta vez, eles não são os protagonistas, mas enchem o coração dos fãs de alegria com suas aparições, aumentando a nostalgia e o saudosismo.  Harrison Ford e Carrie Fisher ainda tem um papel a desempenhar no filme, enquanto o roteiro trata o Luke Skywalker de Mark Hamill quase como uma lenda, sendo que aqui, o personagem é o principal incentivo para a jornada dos demais personagens. O ótimo Adam Driver entrega um vilão nos moldes de Darth Vader. Mas o roteiro acertadamente não o trata como tal. Kylo ren, dentro da trama, claramente se inspira em Vader, mas ele está longe de ser igual. E é interessante de ver seus conflitos e seu desespero em se igualar ao grande vilão da trilogia clássica e Adam transmite isso com naturalidade e talento em sua performance. Andy Serkis apresenta em Snoke um misterioso antagonista que deixa o público curioso para saber mais sobre ele. Já Anthony Daniels como C3PO, Peter Mayhew como Chewbacca e Kenny Baker como R2D2 só apelam ainda mais para a nossa nostalgia. E o que falar do droide BB-8? adorável e visualmente perfeito e muito carismático. Já Domhnall Gleeson e Gwendoline Christie são os menos favorecidos pelo roteiro, mas não comprometem no resultado final. 







''Star Wars: O despertar da força'' é um filme feito para agradar os velhos e novos fãs dessa que é uma das maiores sagas do cinema. Embora familiar e pouco inovador, Proporciona um entretenimento satisfatoriamente nostálgico, com sua história própria, respeitando o legado Star Wars.  

Nota: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟 9



STAR WARS: EPISÓDIO 7: O DESPERTAR DA FORÇA (STAR WARS: THE FORCE AWAKENS - 2015) - Aventura/Ficção científica, 135 Minutos. / DIREÇÃO: J.J. Abrams. - ELENCO: Daisy Ridley, Adam Driver, John Boyega, Harrison Ford, Carrie Fisher, Peter Mayhew, Oscar Isaac, Lupita Nyong'o, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Anthony Daniels, Max Von Sydow, Kenny Baker, Mark Hamill. CLASSIFICAÇÃO: 12 Anos. 





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