STAR WARS: EPISÓDIO 4 - UMA NOVA ESPERANÇA (1977) - ANÁLISE - O INÍCIO PERFEITO DE UMA SAGA ESPETACULAR!

 


Por: Rudnei Ferreira

Há mais de 40 anos atrás, precisamente no ano de 1977, uma aventura especial tomava conta das telas do cinema. Nem mesmo seu criador, George Lucas, imaginava o sucesso estrondoso que sua obra faria. Star Wars chegou como quem não quer nada e desde então, acumula uma legião fervorosa de fãs e admiradores. Atualmente contando com nove filmes, além de dois derivados, séries de televisão, animações e jogos de vídeo games. Mas tudo isso não seria possível se esse primeiro longa metragem lançado em 1977 não tivesse feito o grande sucesso que fez. Originalmente chamado apenas de ''STAR WARS: UMA NOVA ESPERANÇA'', tendo o subtítulo ''episódio 4'' acrescentado depois que George Lucas deu continuidade a saga com os episódios 5 e 6 e consequentemente voltando as suas origens nos episódios 1,2 e 3, esse filme de 1977 foi um imenso sucesso de público e crítica, recebendo 11 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, vencendo em 7 categorias, sendo um dos filmes mais importantes da saga justamente por dar início à uma das franquias cinematográficas de maior sucesso do cinema. 






O filme nos conta a história de Luke Skywalker (Mark Hamill), um jovem sonhador que anseia por algo além de sua pacata vida como ajudante de seus tios Owen e Beru (Phil Brown e Shelagh Fraser). A oportunidade surge quando Luke recebe um misterioso pedido de socorro da princesa Leia (Carrie Fisher), uma jovem rebelde que luta para combater uma poderosa e opressora força militar conhecida como O Império e seu maléfico lider Darth Vader (David Prowse e James Earl Jones). Ao lado do misterioso Obi-Wan Kenobi (Alec Guinness), um ex cavaleiro Jedi e do contrabandista Han Solo (Harrison Ford) e seu parceiro Chewbacca (Peter Mayhew), Luke parte para uma jornada emocionante e repleta de aventuras com a missão de resgatar e ajudar a princesa Leia a derrotar a opressão do Império e a destruir sua poderosa máquina de guerra com o poder de destruir planetas conhecida como A Estrela da Morte. 







Mesmo com mais de 40 anos de seu lançamento, ''UMA NOVA ESPERANÇA'' continua um filme admirável, tanto em questões de roteiro quanto na questão de qualidade de produção. O filme é uma aventura espacial incrível, repleto de personagens marcantes e um universo rico e complexo vindos da imaginação fértil e revolucionária de George Lucas. É a típica história do bem contra o mal, onde os heróis lutam para salvar o universo de um terrível vilão. Mesmo sem apresentar nada exatamente inovador, o roteiro agrada por apresentar uma história bem amarrada, com um início, meio e fim satisfatórios. É possível notar também referências as obras de Akira Kurosawa, onde elementos como os sabres de luz e os duelos com essas armas fantásticas são baseadas nas histórias de samurais criadas pelo cineasta japonês. 








O filme chama a atenção até hoje por conta do seu visual incrível. George Lucas revolucionou a indústria cinematográfica com sua produção cheia de efeitos práticos e pouco uso de CGI (desconsiderando a versão modificada pelo diretor que pode ser vista na versão em Blu Ray),  cenários deslumbrantes, maquiagem incrível que ajuda a compor o visual das várias espécies alienígenas que participam da história e os figurinos bem detalhados e originais. A cinematografia é uma verdadeira pintura, com os mais variados tons, méritos de uma belíssima fotografia. As cenas de ação e aventura são estilosas e bem dirigidas, com um ritmo bem dosado e uma edição bem feita. O design de som é impressionante, principalmente nas cenas com duelos de sabre de luz e os eletrizantes combates entre as naves. É um filme que envelheceu muito bem nesses aspectos, comprovando que a praticidade, quando bem feita, se torna mais memorável que os filmes cheios de efeitos digitais em excesso. Claro que nesse caso, George Lucas não tinha os recursos que existem no  cinema de hoje. Mas isso só torna o filme especial e marcante até hoje. 








O elenco é sensacional e comprova até hoje como foram bem escolhidos para seus respectivos personagens. Mark Hamill é um herói simples, mas com imenso potencial, mostrando o quanto já era um personagem muito promissor que só foi evoluindo com o passar do tempo. Nossa saudosa Carrie Fisher traz beleza, charme e uma imensa representatividade e empoderamento feminino para a princesa Leia, quebrando o esteriótipo da donzela em perigo e o jogando fora. Harrison Ford traz carisma de sobra e um tom de cafajeste irresistível para Han solo, sendo divertido, corajoso e companheiro na medida. Juntos, deram vida a três icônicos e amados personagens que gravaram seus nomes na história da cultura pop e do cinema em geral. O veterano e saudoso Alec Guinness traz sabedoria e mistério para Obi-wan Kenobi, o que funciona muito bem. A dupla David Prowse e James Earl Jones se entregam de corpo e alma para incorporarem Darth Vader. Um com sua linguagem corporal e o outro com sua voz poderosa. Juntos, colocaram Darth Vader merecidamente na lista dos melhores vilões do cinema, se mantendo até hoje. Anthony Daniels, Peter Mayhew e Kenny Baker trouxeram os melhores coadjuvantes para uma franquia cinematográfica com Chewbacca e os dróides C3PO e R2D2. É um exemplo incrível de uma história onde todos os personagens funcionam, algo que não acontece com frequência.








''STAR WARS: EPISÓDIO 4 - UMA NOVA ESPERANÇA'' é um filme que mantém sua excelência e qualidade mesmo depois de 40 anos de existência. É o exemplo perfeito de como construir uma ótima história onde todos os seus elementos funcionam perfeitamente. É um clássico maravilhoso que merece ser lembrando com muito carinho como o início perfeito para uma franquia maravilhosa que revolucionou e marcou o cinema para sempre. 


NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟



STAR WARS: EPISÓDIO 4 - UMA NOVA ESPERANÇA (STAR WARS: EPISODE 4 - A NEW HOPE - 1977) - Aventura/Ficção científica, 121 Minutos. / DIREÇÃO: George Lucas. - ELENCO: Mark Hamill, Carrie Fisher, Harrison Ford, Alec Guinness, Kenny Baker, Anthony Daniels, David Prowse, James Earl Jones, Peter Mayhew. CLASSIFICAÇÃO: Livre 

 


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