Por:
Rudnei Ferreira
Muitos que estão lendo esse texto nesse exato momento, e que assim como eu também gosta muito de cinema, com certeza cresceram assistindo alguns dos melhores exemplares do chamado cinema de ação brucutu, especialmente das décadas de 80 e 90. Filmes com direito a muito tiro, porrada e bomba literalmente, onde a história era o que menos importava. Obras estreladas por alguns dos maiores astros do gênero nesse período como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jean-Claude Van Damme, entre outras figuras marcantes. O grande motivo para assistir a essas obras era para se divertir com a pancadaria, os tiros e as lutas corporais cheias de artes marciais. Muitos desses filmes e seus astros principais fizeram parte da minha infância e juventude e até hoje me agradam bastante.
Hoje em dia, os filmes de ação estão cada vez mais evoluídos e modernos, cheios de ação mirabolante e efeitos visuais arrebatadores. Mas eis que no início da década passada, o grande Sylvester Stallone decidiu resgatar toda a glória e graça desses filmes dos anos 80 e 90 e de quebra reuniu um elenco de veteranos do gênero para participar junto com ele da brincadeira. E vamos ser honestos, desse tipo de ação o cara entende como poucos, afinal, o ator ficou marcado na pele do veterano de guerra John Rambo e do boxeador Rocky Balboa, os dois melhores e mais conhecidos personagens do gênero e da sua carreira. Foi a partir dai que nasceu a franquia ''Os Mercenários'', com o primeiro filme sendo lançado em 2010 sob a direção, produção e roteiro do próprio Stallone. O filme dividiu a opinião dos críticos, mas foi um grande sucesso entre o público saudosista e até mesmo entre os jovens acostumados com a ação moderna de hoje em dia. Tamanho sucesso desse primeiro filme acabou rendendo uma sequência em 2012 e outra em 2014. E ao que tudo indica, há planos para um quarto longa metragem acontecer em um futuro próximo.
Se ''Os Mercenários 4'' vai ou não acontecer, só nos resta esperar. Por hora, vamos focar nos três filmes lançados até agora que juntos formam uma das franquias de ação mais legais da atualidade, pelo menos na minha mais sincera opinião. Convido vocês a acompanharem minhas opiniões pessoais sobre a trilogia. Espero que gostem.
OS MERCENÁRIOS (THE EXPENDABLES - 2010) - Ação, 103 minutos. ESCRITO E DIRIGIDO POR: Sylvester Stallone. ELENCO: Sylvester Stallone, Jason Stathan, Dolph Lundgren, Jet Li, Randy Couture, Terry Crews, Mickey Rourke, Steve Austin, Charisma Carpenter, Eric Roberts, Gisele Itié, David Zayas, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger. CLASSIFICAÇÃO: 16 anos. NOTA NO ROTTEN TOMATOES: 42%
Barney Ross (Sylvester Stallone) lidera um grupo de habilidosos e talentosos profissionais conhecidos como
Os Mercenários, que são contratados para eliminar alvos perigosos e poderosos ao redor do mundo. Durante uma de suas missões, eles são recrutados pelo misterioso
Mr. Church (Bruce Willis) e viajam até uma remota ilha para deter o poderoso
General Garza (David Zayas) e seu sócio
James Monroe (Eric Roberts). É dado início a uma arriscada e explosiva aventura cheia de perigos e obstáculos para acabar com o inimigo.
Com ''Os Mercenários'', Sylvester Stallone e seus companheiros de cena prestam uma grande homenagem aos filmes clássicos de ação, o que é muito legal da parte deles, especialmente de Stallone, já que o ator se consagrou como um dos maiores astros do gênero. E como a proposta do longa é justamente referenciar esses filmes do passado, o roteiro entrega exatamente aquilo que os fãs e apreciadores procuram. Ou seja, uma história simples, com todos os clichês possíveis e muito tiroteio e porrada. É a jornada do herói, nesse caso os heróis, que precisam deter os planos de um vilão tipicamente clichê e caricato que utiliza métodos questionáveis para conseguir os seus objetivos maléficos. Não espere algo complexo, revolucionário e cabeça, pois como foi dito, essa é a proposta do filme. Sua intenção é agradar aqueles que, assim como eu, cresceram assistindo e gostam até os dias de hoje desse tipo de filme. Tendo isso em mente, é seguro afirmar que ao longo de toda a sua duração ''Os Mercenários'' cumpre muito bem a sua função como um entretenimento divertido, explosivo e muito empolgante.
Apesar da sua familiaridade proposital, o mais legal de ver em um filme como ''Os Mercenários'' é que essa fórmula antiga ainda funciona muito bem nos dias de hoje, além da história ser bem bacana. Os personagens são os típicos brutamontes furiosos, cheios de músculos e testosterona, que falam pouco e atiram muito, destruindo e matando tudo por onde passam, sem o roteiro se preocupar em desenvolvê-los profundamente. Eles são mercenários, que fazem o que fazem por dinheiro. Ponto. Mesmo assim, são personagens cativantes, carismáticos, com um bom senso de humor nos seus diálogos e atitudes e que conquistam o espectador com suas ações e habilidades.
Junte a isso o fato do filme ser muito bem feito em questões de produção. Stallone sabe dirigir ótimas sequências de ação que são bem favorecidas pela montagem frenética e a movimentação de câmera. Tudo isso resulta em cenas fortes e bem violentas, com direito a muito sangue, corpos despedaçados para todo o lado e várias explosões, algo que Stallone sempre gostou bastante em seus filmes (pegue a franquia ''Rambo'' como exemplo). No entanto, os efeitos visuais digitais unidos aos efeitos práticos ajudam a tornar a violência mais acessível. Claro que uma cena ou outra pode chocar os mais sensíveis, principalmente aquelas envolvendo a personagem Sandra, interpretada por Gisele Itié, mas nada que realmente tire o sono de quem assista. Na verdade, toda vez que a violência mais explicita é utilizada, o espectador compartilha um sentimento de justiça e satisfação, especialmente quando ela é usada contra os vilões. Também merecem elogios a trilha sonora com toques clássicos e até mesmo referenciais. Basta reparar que em alguns momentos, o toque até lembra a trilha sonora da franquia ''Rambo'', algo que não é coincidência, já que o seu intérprete escreveu, dirigiu e atuou no filme.
Além de escrever e dirigir, Sylvester Stallone lidera um elenco de peso, alguns dos maiores astros do cinema de ação de todos os tempos, o que faz parte da proposta do longa em homenagear o gênero. E o melhor de tudo é que Stallone não quer as atenções só para ele, já que a sua direção e o seu roteiro dão a oportunidade para que todos os seus companheiros de cena que formam Os Mercenários tenham pelo menos um grande momento de ação eletrizante. O ápice da produção acontece nos 30 minutos finais com todos eles se unindo para entrar em ação. E olha, nenhum deles decepcionam. O principal antagonista vivido por Eric Roberts é caricato, mas funciona como o grande vilão da trama, já que, de novo, essa é a proposta. A bela atriz brasileira Giselle Itié interpreta uma personagem feminina cuja a principal função no filme é sofrer. É ela que protagoniza alguma das cenas mais fortes do longa, dignas de incomodar principalmente as feministas mais ferrenhas. Mesmo que não passe da mocinha que precisa ser salva pelos heróis, Gisele transmite muito bem as situações e angústias vividas pela personagem. Vale mencionar as breves e divertidas participações de Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis. Embora seja um filme de ação descompromissado, cuja a principal função é entreter com suas homenagens e referências, o roteiro aborda temas sérios como vícios em drogas, violência contra a mulher, culpa, arrependimento e a busca pelo perdão. E mesmo que não se aprofunde tanto nesses temas, eles são bem inseridos e bem utilizados na trama.
Com ação explosiva, bons personagens e uma história cativante,
''Os Mercenários'' é um divertido, violento e eletrizante entretenimento digno de agradar os fãs mais antigos do bom cinema brucutu, mas também tem tudo para agradar a geração moderna. Um bom primeiro capítulo para a franquia.
Nota: ★★★★★★★★ 8
OS MERCENÁRIOS 2 (THE EXPENDABLES 2 - 2012) - Ação, 103 minutos. ESCRITO POR: Sylvester Stallone. DIRIGIDO POR: Simon West. ELENCO: Sylvester Stallone, Jason Statham, Dolph Lundgren, Jet Li, Terry Crews, Randy Colture, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Chuck Norris, Jean-Claude Van Damme, Yu Nan, Charisma Carpenter, Scott Adkins, Liam Hemsworth. CLASSIFICAÇÃO: 16 anos. NOTA NO ROTTEN TOMATOES: 67%
Barney Ross (Sylvester Stallone) lidera o seu grupo de mercenários em uma nova missão. No entanto, durante o processo, um dos seus companheiros é brutalmente assassinado pelo impiedoso
Jean Vilain (Jean-Claude Van Damme). Isso é o gatilho para que
Barney e seus companheiros partam em uma caçada alucinante buscando por vingança, ao mesmo tempo que precisam impedir os planos maléficos do vilão. Planos esses que podem acarretar em uma guerra nuclear e bagunçar o equilíbrio do mundo.
Pensem em tudo o que deu certo no filme anterior e duplique. O resultado é esse ''Os Mercenários 2''. A fórmula é a mesma, cheia de referências aos maiores clássicos do cinema de ação, incluindo o elenco sensacional reunido aqui. A grande proposta desse segundo filme é ser ainda maior e melhor, e felizmente, ele consegue esse feito. Cenas ainda mais grandiosas de ação tomam conta da tela, com todos os exageros e absurdos que se possa imaginar. No entanto, isso não é um problema, já que assim como o primeiro filme, ''Os Mercenários 2'' não se leva a sério ao manter a proposta do seu antecessor. Duas coisas se destacam mais do que no filme anterior: o roteiro e a direção. Não desmerecendo de forma alguma o bom trabalho realizado por Stallone no primeiro filme, mas Simon West consegue se sair melhor no comando da direção. A maneira como ele dirige as cenas de ação acaba sendo muito mais fluído, sem os cortes excessivos de câmera vistos no filme anterior. Ele opta por planos mais abertos e uma câmera mais contida, embora a montagem ainda mantenha o tom frenético. Repito, o trabalho de direção de Sylvester Stallone é muito bom, já que sua intenção era criar algo mais realista. Mas a fluidez de Simon West faz toda diferença aqui. É muito bom constatar que ele não tentou copiar o seu antecessor, mas sim inseriu o seu próprio estilo.
Ao contrário do primeiro ''Os Mercenários'', esse utiliza mais efeitos digitais em suas cenas. São bons, mas perceptíveis. Claro que os efeitos práticos ainda estão presentes. A trilha sonora é contagiante e utilizada em momentos certeiros. Um exemplo disso acontece na cena de tiroteio em um bar abandonado onde os personagens dormiram. A forma como a trilha sonora é usada, unida a direção, dá a impressão de que estamos vendo um filme no melhor estilo de Quentin Tarantino. Pode ser que tenha sido uma homenagem inteligente de Simon West para o diretor de ''Kill Bill'' e ''Pulp Fiction''. Destaco a canção ''I Just Want To Celebrate'' do Rare Earth, tocada durante os créditos finais. Muito boa. Por outro lado, a fotografia conta com uma paleta de cores um pouco escura demais. É um ponto negativo do filme, mas não é nada que realmente comprometa o resultado final.
Quanto ao roteiro, ele consegue ser superior por trabalhar melhor os seus personagens e suas situações. Ainda tem os seus clichês, exageros e conveniências, mas é melhor desenvolvido, dando um pouco mais de humanidade para os nossos heróis. O humor é impagável, sendo que praticamente todas as piadas físicas e faladas funcionam, garantindo boas risadas.
O elenco mais uma vez se destaca positivamente. Sylvester Stallone e seus companheiros mercenários mantêm a dinâmica e boa interação entre eles, com seu bom humor e habilidades surpreendentes. Os coadjuvantes são tão bons quanto. Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger deixam de ser apenas participações especiais para ganharem mais espaço em cena, contribuindo com a ação. Entre os novatos, Liam Hemsworth entrega um personagem interessante e com um desfecho comovente. A atriz chinesa Yu Nan é carismática e também super ativa. Ao contrário de Gisele Itié, ela vai muito além de ser apenas uma figura feminina indefesa. Ninguém com o juízo perfeito tentaria nada contra ela. Jean-Claude Van Damme é um antagonista melhor do que Eric Roberts do filme anterior, mas ainda assim é o típico vilão caricato e canastrão. Basta ver o seu nome, que faz uma junção do nome do ator com a palavra ''Vilão''. Canastrão, mas como o próprio filme não se leva a sério as vezes, é bem funcional. Ele não é tão ameaçador quanto o roteiro vende, mas ainda assim contribui de maneira positiva para a trama no geral. Scott Adkins é apenas o capanga do vilão, se destacando em uma cena de luta bem legal contra o personagem de Jason Statham. E por último, a lenda Chuck Norris se aproveita dos memes que foram criados com sua imagem ao longo da sua carreira no cinema para compor o seu personagem aqui. E o resultado é hilário. O carisma e a boa interação entre todos eles é o que vale a pena de se acompanhar. Sem contar que ver essas feras da ação reunidas em cena pela segunda vez é muito gratificante para os amantes do gênero.
''Os Mercenários 2'' é superior por contar com um roteiro mais bem trabalhado e um melhor desenvolvimento de história e personagens. No entanto, a fórmula que deu certo anteriormente permanece a mesma e se mantém duas vezes melhor. Ação de tirar o fôlego bem executada, um elenco carismático e uma direção competente fazem desse uma boa sequência. Na minha opinião, o melhor filme dessa divertida franquia de ação.
Nota: ★★★★★★★★★ 9
OS MERCENÁRIOS 3 (THE EXPANDABLE 3 - 2014) - Ação, 126 minutos. ESCRITO POR: Sylvester Stallone. DIRIGIDO POR: Patrick Hughes. ELENCO: Sylvester Stallone, Jason Statham, Dolph Lundgren, Jet Li, Randy Couture, Wesley Snipes, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Harrison Ford, Antonio Banderas, Terry Crews, Robert Davi, Kellan Lutz, Ronda Rousey, Victor Ortiz, Glen Powell, Kelsey Grammer. CLASSIFICAÇÃO: 14 anos. NOTA NO ROTTEN TOMATOES: 40%
Depois de resgatar
Doc (Wesley Snipes), um antigo companheiro que ficou oito anos preso,
Barney Ross (Sylvester Stallone) e o seu grupo de mercenários partem para uma arriscada missão que consiste em eliminar
Conrad Stonebanks (Mel Gibson), um perigoso traficante de armas. No entanto, durante essa missão, um membro do grupo é gravemente ferido, ficando a beira da morte. Temendo pela vida dos seus companheiros depois do incidente,
Barney decide aposentá-los e recrutar uma nova equipe, mais jovem e mais ágil, com o propósito de encontrar e capturar
Stonebanks antes que ele conclua os seus planos. Mas no caminho, perigos e obstáculos os aguardam.
Eis que finalmente chegamos ao terceiro capítulo, tido por parte da crítica e do público como o filme mais fraco dessa franquia de ação. Embora deva concordar em partes, para mim, ''Os Mercenários 3'' é um bom filme de ação, mesmo que inferior aos seus antecessores. Tem as suas falhas, mas também tem os seus méritos. Felizmente, os méritos foram suficientes para que eu pudesse extrair do filme um divertido e empolgante entretenimento. Esse terceiro filme oferece praticamente um mais do mesmo para os familiarizados com a franquia. Mesmo assim, o roteiro escrito por Stallone e outros três roteiristas ainda tenta dar um certo ar diferenciado para a obra. Vamos por partes e falar primeiro dos problemas. Talvez o maior deles tenha sido a redução da classificação indicativa, que desceu de 16 para 14 anos. Isso fez com que o filme sofresse uma considerável redução na violência, visando em atrair um público mais jovem para o cinema, diferente dos dois filmes anteriores. Isso não é exatamente um ponto positivo, já que a franquia originalmente surgiu como um entretenimento voltado para os adultos amantes do cinema de ação do passado, que por si só contava com filmes bem violentos e viscerais. Não me levem a mal, eu gostei muito da ação do filme, mas a mudança de tom é perceptível.
Como foi mencionado, o roteiro tenta inovar a franquia inserindo novos membros aos Mercenários. Todos jovens, o que também faz parte da ideia dos realizadores em alcançar uma plateia também mais jovem. O grande problema é que nenhum deles tem carisma suficiente para conquistar o público. São bons no que fazem dentro da história, mas completamente insossos e sem graça. E deixar de fora nossos clássicos e queridos mercenários para dar espaço a essa nova galera foi um tiro no pé do roteiro. A intenção foi boa, porém, mal executada.
Apesar dos pesares, tem bastante coisa para se gostar aqui. O bom humor e as piadas em sua maioria continuam funcionando. Os clássicos Mercenários são deixados um pouco de lado depois do explosivo começo do filme, mas sempre que eles estão juntos, somos presenteados com os melhores momentos do longa. Patrick Hughes entrega uma direção menos impressionante se formos comparar com a de Sylvester Stallone no primeiro filme e principalmente a de Simon West no segundo. No entanto, ele sabe dirigir boas e eletrizantes sequências de ação. A violência e o sangue foram reduzidos, mas tais momentos ainda são um prato cheio para os fãs que se divertem com as explosões, tiros e porrada, marcas registradas da franquia, numa mistura até bem executada de efeitos práticos, CGI e a montagem frenética. A trilha sonora é boa, assim como a fotografia, que felizmente abandona a paleta escura do segundo filme e se mantém bem iluminada e limpa.
Como tradição, Stallone reúne o melhor elenco vindo dos maiores filmes de ação do cinema. Além dos rostos conhecidos pelo fãs dos filmes anteriores, temos Mel Gibson como o melhor vilão da franquia até agora. Mais humano e menos caricato, o ator manda bem. Isso e o fato de que os mistérios em torno da sua pessoa são bem interessantes. Bruce Willis sai de cena, dando espaço para Harrison Ford, que tem alguns diálogos e piadas divertidas. Kelsey Grammer faz uma participação, mas convence. Wesley Snipes é uma adição divertida para o elenco e Antonio Banderas parece estar se divertindo como o grande alívio cômico da história. No começo é estranho, já que o ator espanhol não é conhecido no cinema por fazer papeis cômico. Mesmo assim, me diverti bastante com o seu personagem. Já o quarteto formado por Victor Ortiz, Ronda Rousey, Glen Powell e Kellan Lutz são inexpressivos e fracos, o que resulta nos personagens insossos e sem graça que foram mencionados nos parágrafos acima. Pelo menos, quando todo mundo está reunidos no clímax do filme, todos funcionam e interagem muito bem entre si. Isso resulta em um desfecho bem legal entre eles, terminando o filme de maneira satisfatória.
Sim, ''Os Mercenários 3'' é o mais fraco da franquia de ação. Mesmo assim, é um bom filme e um entretenimento divertido e explosivo que reúne mais uma vez os maiores astros do gênero em um único lugar. Entendendo a sua proposta, vale a pena para se divertir com a história eletrizante que Stallone e sua trupe quer contar.
Nota: ★★★★★★★ 7
CURIOSIDADES DA FRANQUIA:
OS MERCENÁRIOS (2010)
- Caesar, personagem de Terry Crews, originalmente foi oferecido para o ator Wesley Snipes. No entanto, o ator teve que recusar o papel por ser impedido de gravar em território americano devido a sua condenação nos Estados Unidos por sonegação de impostos. Snipes só pode fazer parte da franquia no terceiro filme, chegando a fazer piada da sua condição, já que na trama, o seu personagem chegou a ser preso justamente por sonegar impostos.
- O ator Forrest Whitaker foi contratado para interpretar Caesar, mas teve que abandonar o papel por conta dos conflitos em sua agenda. O rapper 50 Cent foi cotado pelo estúdio para substituí-lo. Por fim, Sylvester Stallone decidiu chamar o ator e comediante Terry Crews para interpretá-lo. Antes dele, o personagem também foi oferecido para Jean-Claude Van Damme, mas o ator recusou interpretá-lo.
- o papel do vilão James Monroe foi oferecido para o veterano Ben Kingsley, que por fim ficou para Eric Roberts.
- Várias atrizes e modelo brasileiras foram entrevistadas e cotadas para interpretar a personagem Sandra, entre elas Cléo Pires e Juliana Paes. No final, a escolhida por Stallone para ficar com o papel foi Gisele Itié.
- Bruce Willis interpreta o personagem Mr. Church nesse e no segundo filme da franquia. Kurt Russell era a escolha original de Sylvester Stallone para interpretá-lo, mas o ator recusou o papel.
- Steven Seagal foi convidado por Stallone para fazer uma participação especial, mas recusou a proposta depois de entrar em conflito com o produtor Avi Lerner.
- Parte do filme teve cenas gravadas no Brasil, na cidade de Mangaratiba e no Parque Lage, ambos no Rio de Janeiro.
OS MERCENÁRIOS 2 (2012)
- Mesmo anunciando que não iria retornar para o cargo de diretor em ''Os Mercenários 2'', Sylvester Stallone voltou atrás e concordou em assumir a direção do longa. No final das contas, ele novamente desistiu do cargo e deixou vaga a cadeira do diretor para o cineasta Simon West, que dirigiu o primeiro filme da heroína dos games Lara Croft, interpretada por Angelina Jolie.
- Os atores Charlie Sheen, Dwayne Johnson e Channing Tatum chegaram a ser cotados para participar do filme, mas no fim recusaram.
- Jean-Claude Van Damme recusou atuar no primeiro filme lançado em 2010. Entretanto, concordou em interpretar o vilão nessa sequência após ver que o primeiro filme foi um sucesso de bilheteria.
OS MERCENÁRIOS 3 (2014)
- Sylvester Stallone ofereceu um personagem coadjuvante para o astro chinês Jackie Chan. O ator recusou, mas elegantemente convidou Stallone para estrelar um filme junto com ele.
- Bruce Willis iria reprisar o seu papel dos dois filmes anteriores, Mr. Church. Foi lhe oferecido um cachê de 3 milhões por quatro dias de filmagem com 750 mil dólares por dia de gravação. O ator queria 1 milhão por dia, o que fez com que Sylvester Stallone e os outros produtores recusassem sua proposta. Harrison Ford foi contratado para gravar por três dias com o mesmo valor originalmente oferecido a Bruce Willis. Os roteiristas decidiram brincar com isso ao fazer o personagem de Ford dizer para o personagem de Stallone não se preocupar com Mr. Church porque ele havia ''saído de cena''.
- Durante as gravações de uma cena de ação envolvendo um caminhão, os freios do veículo apresentaram falhas e acabou caindo no mar com o ator Jason Statham dentro. Felizmente, a sua experiência como nadador profissional impediu que o astro se afogasse.
- Faltando três semanas para a estreia do filme nos cinemas, uma cópia pirata foi vazada na internet, batendo o recorde de downloads ilegais. Foram mais de 180 mil em 24 horas desde o vazamento.
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