DRAGON BALL SUPER: BROLY - O FILME (2018) - ANÁLISE - UM MAIS DO MESMO SUPER DIVERTIDO, ELETRIZANTE E NOSTALGICO!


 

Por: Rudnei Ferreira 


Dragon ball é sem dúvidas um dos maiores fenômenos da cultura pop mundial. Originalmente baseado em uma série de mangás japoneses de muito sucesso criados por Akira Toriyama, rapidamente a obra deu origem a uma série animada dividida por temporadas: Dragon ball (1986-1989), Dragon Ball Z (1989-1996), Dragon Ball GT (1996-1997), Dragon Ball Kai (2009-2015), Dragon Ball Super (2015-2018) e Dragon Ball Heroes (2018-presente), além de jogos de videogame. Tudo girando em torno da história do protagonista Son Goku e seus amigos, guerreiros lutadores com incríveis habilidades e poderes, que se unem para combater os mais variados inimigos, com a intenção de proteger a Terra e também o universo.  A serie animada japonesa também conta com vários longas metragens, alguns lançados nos cinemas, outros direto para Home Vídeo. Com o lançamento da nova fase do anime intitulada ''Dragon Ball Super'' eis que chegou aos cinemas o mais novo longa metragem da saga. ''Dragon Ball Super: Broly - O filme'' é o vigésimo longa metragem de animação baseado na franquia e o primeiro filme da nova saga ''Dragon Ball Super''

O personagem Broly já havia sido apresentado aos fãs de Dragon Ball em uma trilogia, nos bons filmes ''Broly: o lendário Super Saiajin'' de 1993, ''O retorno do guerreiro lendário'' de 1994 e no fraquíssimo ''O combate final: Bio-Broly'' também de 1994. O personagem fez muito sucesso entre os fãs e admiradores da franquia, se tornando um dos favoritos de muitos, embora nesses filmes, Broly não fizesse parte da cronologia original da saga, funcionando apenas como um personagem em histórias paralelas entre as temporadas. Mas com o início da saga ''Super'', para alegria dos fãs, o criador Akira Toriyama finalmente decidiu fazer de Broly um personagem presente na cronologia oficial da saga, recontando as suas origens para se adequar a nova fase da série animada, nesse novo filme de 2018. O resultado é um longa eletrizante, divertido e cheio de referências, digno de deixar os fãs muito satisfeitos. 





A história do filme se passa tempos depois do torneio do poder visto na série de televisão ''Dragon Ball Super''. A terra vive dias de paz e tranquilidade. Mesmo Assim, Goku (Masako Nozawa / Wendel Bezerra) e Vegeta (Ryo Horikawa / Alfredo Rollo) continuam a treinar intensamente com a intenção de ampliar seus poderes e habilidades em combate. Todo esse esforço e dedicação será colocado à prova quando surge Broly (Bin Shimada / Dado Monteiro), um jovem guerreiro Saiajin portador de habilidades e poderes espantosos, tornando-se destrutivo e perigoso quando perde o controle. Diante desse formidável oponente, a dupla de Saiajins precisa unir forças para confrontá-lo em um combate de proporções épicas. 





Para quem não está familiarizado com o universo Dragon Ball nem nunca viu nada a respeito da obra de Akira Toriyama, ''Dragon Ball Super: Broly -  O filme'' pode parecer confuso, pois o filme é feito principalmente para os fãs e admiradores da obra. A história traz várias referências e homenagens ao universo Dragon Ball, onde os fãs poderão identificar e se divertir. Os principais elementos da franquia, como o humor pastelão, os personagens divertidos e carismáticos e os combates eletrizantes são o grande atrativo do longa metragem. 

 Embora seja bem familiar para os fãs nesses aspectos citados, o filme é também um dos melhores exemplares da franquia quando o assunto é desenvolver enredo e personagens. Focando principalmente na história de Broly, é interessante como o roteiro reescreve  uma nova origem para o lendário Saiajin, o tornando mais humano e com um propósito convincente do porque perde o controle em determinadas situações, muito diferente da sua versão na trilogia de filmes dos anos 90, onde era apenas uma máquina de lutar descontrolada e sem limites. Não estou falando mal: eu sou um que adora esse Broly mais brutal e violento dos filmes mais antigos, mas também gostei desse aspecto mais humano e inocente do personagem no filme de 2018. 





Não é apenas a história de Broly que sofre algumas modificações. A origem dos personagens principais da franquia como Goku e Vegeta também tiveram leves mudanças, o que pode soar um pouco estranho para os fãs mais antigos que acompanham a franquia desde o início. Inclusive, a origem de Goku aqui, contada através de flashback antes da história principal tem semelhanças com a do Superman, em uma possível referência de Akira Toriyama ao herói da DC. Porém, essas mudanças em relação a obra original funcionam aqui e se encaixam muito bem na proposta do enredo. A própria saga Dragon Ball Super já apresenta mudanças significativas, e tudo o que o filme faz é mantê-las, mas sem deixar de lado a essência da obra original que conquistou fãs e admiradores do mundo inteiro. 





Tecnicamente, o filme também impressiona, sendo um verdadeiro espetáculo visual. O trabalho de animação é bem interessante, apostando em várias técnicas de animação que vão de traços mais cartunescos até aqueles mais bem detalhados. Como o roteiro dedica boa parte do tempo para desenvolver a história e os personagens, a ação, que é o ponto forte da franquia,  demora um pouco para acontecer. Mas quando ela finalmente acontece, o resultado é recompensador. As cenas de combates entre Goku e Vegeta contra Broly são eletrizantes, com uma movimentação de câmera frenética, mas que nos permite entender o que está acontecendo e junto com o uso de efeitos visuais gerados por computação gráfica, essas sequências impressionam e fazem algo completamente diferente de tudo o que já foi visto na franquia até então, resultando em algumas das melhores cenas de luta de toda a saga Dragon Ball. É algo épico e ao mesmo tempo muito divertido de se acompanhar. Dragon Ball é exatamente isso. Pouca história, com exceção deste filme, e muita ação. Mas pelo menos, o filme nos brinda com esses elementos familiares da melhor maneira possível. 






A dinâmica entre os personagens também é muito boa e o ponto forte disso é o protagonismo de Goku e Vegeta. Os dois Saiajins formam uma dupla e tanto e garantem ótimos momentos, arrancando algumas risadas do espectador nos momentos cômicos e elogios nas eletrizantes cenas de ação. É muito bom ver essa relação entre eles em cena, onde Goku não é mais uma vez o único grande destaque, como pode ser visto nos filmes anteriores e até mesmo nos episódios da série de TV. E esse é um filme que abri uma exceção e acabei assistindo na versão dublada, muito se valendo pela nostalgia que era assistir Dragon Ball na minha infância e devo reconhecer que as dublagens de Wendel Bezerra e Alfredo Rollo, além de reacenderem essa nostalgia, continuam contribuindo e muito para que os personagens funcionem mais uma vez. 





O mesmo pode ser dito de Broly. Além do personagem ser muito bom, a dublagem de Dado Monteiro se encaixa perfeitamente bem para compor a personalidade inocente, tímida e destrutiva do lendário super Saiajin. O fato de a maioria dos dubladores originais brasileiros marcarem presença mais uma vez, só dá mais um motivo para os fãs conferirem ao longa. 

''Dragon Ball Super: Broly - O filme'' é pura nostalgia e cheio de referências ao universo criado por Akira Toriyama, em um filme que diverte e empolga ao mesmo tempo e é capaz de agradar os fãs mais novos e os mais antigos. Pode ser um mais do mesmo em sua maioria, mas comprova que a fórmula Dragon Ball ainda consegue render coisas boas nas telas. 

Nota: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟 9 







DRAGON BALL SUPER: BROLY - O FILME (2018) - Animação/Ação/Aventura, 105 Minutos. / DIREÇÃO: Tatsuya Nagami. / ROTEIRO: Akira Toriyama. - ELENCO (BRASIL): Wendel Bezerra, Alfredo Rollo, Tânia Gaidarji, Luis antônio Lobue, Fátima Noya, Marina Santana, Dado Monteiro, Carlos Campanile, Felipe Grinnan, Marcelo Passardini, Luis Carlos de Moraes, Wellington Lima, Antônio Moreno, Mauro Castro. CLASSIFICAÇÃO: 10 Anos. 

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